""
(silêncio)
— Quer dizer que o que está no céu não existe?
— Não, não é isso. O que eu quero dizer é que aquela cor lá você não vai encontrar numa lata para pintar uma parede.
— Janela.
— O quê?
— É janela que eu quero pintar, não parede. E agora nem adianta mais, já mudou tudo. Cor de céu é coisa que muda depressa demais. Foi ficando tão escuro, você reparou? Quase tudo azul, depois preto. O preto vem vindo devagar do outro lado de onde fica o Japão, toda noite.
(silêncio)
— Está anoitecendo. Vamos embora.
— Não quero ir embora. Eu vou dormir aqui.""
amanhã não sei
não sabemos
(silêncio)
— Quer dizer que o que está no céu não existe?
— Não, não é isso. O que eu quero dizer é que aquela cor lá você não vai encontrar numa lata para pintar uma parede.
— Janela.
— O quê?
— É janela que eu quero pintar, não parede. E agora nem adianta mais, já mudou tudo. Cor de céu é coisa que muda depressa demais. Foi ficando tão escuro, você reparou? Quase tudo azul, depois preto. O preto vem vindo devagar do outro lado de onde fica o Japão, toda noite.
(silêncio)
— Está anoitecendo. Vamos embora.
— Não quero ir embora. Eu vou dormir aqui.""
amanhã não sei
não sabemos
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