"É o drama do poeta, do coordenador de toda ação humana, a quem a hostilidade de um século reacionário afastou pouco a pouco a linguagem útil e coerente. Do romantismo ao simbolismo, ao surrealismo, a justificativa da poesia perdeu-se em sons e protestos ininteligíveis e parou no balbuciamento e na telepatia. Bem longe dos chamados populares. Agora, os soterrados, através da análise voltaram à luz, e, através da ação, chegaram às barricadas. São os que tem a coragem incendiária de destruir a própria alma desvairada, que neles nasceu os céus subterrâneos a que se açoitaram. As catacumbas líricas ou se esgotam ou desembocam nas catacumbas políticas"
Dedicatória de Oswald de Andrade à Julieta Bárbara,
sobre "A morta."
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