Quando nada mais houver
eu me erguerei cantando.
Saudando a vida
com meu corpo de cavalo jovem.
E numa louca corrida
entregarei meu ser
ao ser do tempo.
E minha voz,
à doce voz do vento.
E despojado do que já não há,
solto no vazio do que ainda não veio
minha boca cantará,
cantos de alívio pelo que se foi;
cantos de espera pelo que há de vir.
Caio Fernando Abreu
Um comentário:
MARAVILHOSO POEMA!
Beijos da Paola! :D
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